A disputa das chinesas pela Linha Branca no Brasil

Por Claudia Regina Gabriele, Advogada Tributarista especializada em Nacionalização de Empresas

Ontem, o Valor Econômico apresentou uma matéria sobre a crescente participação de empresas chinesas como Hisense e Midea no mercado brasileiro de eletrodomésticos de linha branca traz insights valiosos sobre competitividade, estratégias de mercado e, principalmente, oportunidades fiscais para empresas que desejam se consolidar no Brasil.

A expansão chinesa e a estratégia de nacionalização

As gigantes chinesas têm investido pesado na produção local, como a Midea, que inaugurou uma fábrica em Pouso Alegre (MG) com investimento de R$ 630 milhões, e a Hisense, que opera em parceria com a Multilaser. Essa estratégia não apenas reduz custos logísticos e cambiais, mas também abre portas para benefícios fiscais, como:

Zona Franca de Manaus – Redução de IPI, PIS e COFINS para empresas que produzem na região.

Incentivos estaduais – Estados como Minas Gerais e Bahia oferecem benefícios como isenção de ICMS e créditos fiscais para atração de indústrias.

REPETRO e RECAP – Programas federais que beneficiam a cadeia produtiva de eletroeletrônicos.

A localização da produção permite que essas empresas repassem preços mais competitivos, superando concorrentes que dependem de importações.

O impacto tributário na competitividade

O analista do BTG Pactual, Luiz Felipe Poli Guanais, destacou que ter produção no Brasil gera vantagens tributárias, o que é crucial em um mercado onde o custo-benefício é decisivo. Empresas que estruturam operações com inteligência fiscal podem:

🔹 Reduzir a carga tributária com regimes especiais (Simples Nacional, Lucro Presumido, ou Lucro Real com incentivos).

🔹 Aproveitar créditos de PIS/COFINS e ICMS na cadeia de suprimentos.

🔹 Beneficiar-se de acordos de bitributação entre Brasil e China, evitando dupla tributação.

Quais seriam os desafios para as marcas consolidadas e oportunidades para novos entrantes?

Enquanto a Electrolux projeta desempenho fraco no segundo semestre, as chinesas avançam com preços agressivos e inovação. No entanto, a Eletros alerta para a concorrência de produtos asiáticos de baixa qualidade, que impactam fabricantes locais como a Mondial.

Para empresas que desejam se manter competitivas, a estratégia deve incluir:

📌 Revisão de estrutura tributária para aproveitar incentivos regionais.

📌 Análise de custos com foco em redução de tributos indiretos (ICMS, IPI).

📌 Parcerias com fornecedores locais para otimizar a cadeia produtiva e reduzir encargos.

E como se preparar para essa disputa?

O aumento da presença chinesa no mercado brasileiro de linha branca reforça a importância de uma estratégia tributária bem estruturada. Empresas que nacionalizam operações podem não apenas reduzir custos, mas também ganhar competitividade com benefícios fiscais.

Se a sua empresa está considerando expandir ou ajustar sua operação no Brasil, uma análise tributária personalizada pode ser o diferencial para enfrentar essa acirrada disputa de mercado.

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